Aniversário
Colégio Gonzaga completa 129 anos de história
Instituição de valor afetivo para a comunidade, a escola preserva valores e princípios que perpetuam desde quando foi instituída; conheça a trajetória do colégio e sua atual direção
Foto: Jô Folha - DP - Considerado um patrimônio da cidade, o Gonzaga já teve seu fechamento impedido pelos pelotenses
Nesta segunda-feira (04), o Colégio Gonzaga comemora 129 anos de atividade na cidade de Pelotas. Desde 1895 sendo centro de referência em ensino fundamental e médio no Rio Grande do Sul, a escola tem o objetivo de promover o desenvolvimento do educando, com base no processo pedagógico, cristão, ético, filosófico e cultural, assegurando a construção de um cidadão crítico, capaz e comprometido com o meio. Essa missão facilita o entendimento para que, não raro, se encontrem famílias com mais de três gerações que frequentaram o colégio. Considerado um patrimônio da cidade, o Gonzaga já teve seu fechamento impedido pelos pelotenses, quando antigos gestores quiseram encerrar as atividades.
20 anos da atual direção
O diretor da escola, Carlos Santo, 65 anos, está fechando, em 2024, 20 anos de Colégio Gonzaga. A estrutura organizacional é regida através do Conselho Gestor, o qual é presidido pelo diretor e tem por finalidade fazer com que todas as definições em nível de escola, sejam pedagógicas, estruturais ou administrativas, possam ser debatidas e definidas de forma democrática. Segundo Santo, a administração atual preza, sobretudo, por uma gestão participativa. "Todas as decisões são tomadas em conjunto. Existe uma organização para que todo mundo participe das discussões e se tenham soluções coletivas", ponderou o diretor. Hoje, o educandário conta com cerca de 1.600 alunos.
O começo
O início das atividades do colégio em Pelotas data de 04 de março de 1895. Foi o sacerdote jesuíta baiano José Anselmo de Souza que fundou o educandário, na época sob a denominação de Escola São Luiz Gonzaga. A instituição foi dirigida pelos jesuítas até 1925, tendo o auxílio dos irmãos Maristas de 1910 a 1925, quando os Lassalistas assumiram o Colégio. Há 20 anos, está sob iniciativa privada. O colégio também é confessional católico, possuindo um núcleo de pastoral que garante inspiração cristã comunidade escolar, com catequese para Primeira Eucaristia, Grupos de Jovens e campanhas solidárias. "Nesses 129 anos de existência, o Gonzaga sempre formou jovens, capacitou para a vida adulta, e daqui saíram cidadãos com competência, ética, integridade, moral e educação. Então isso é uma coisa que sempre se prezou aqui dentro. Que o aluno saia daqui educado, que não discrimine, seja presente e civilizado na sociedade", enfatiza o diretor.
Educação da sala ao portão
De acordo com o diretor, a estratégia educacional do Gonzaga está ligada a cada um que está dentro da escola. "Além de respeitar seu aluno, o professor precisa dar conteúdos para que as crianças vão formando habilidades em várias áreas. Mas, além disso, a escola educa na porta. O porteiro e a recepcionista te recebem. A maneira como tu é tratado vai te educando e vai dando exemplos de como é a vida adulta na sociedade", observou.
A banda marcial
Com o tempo, o Gonzaga passou por grandes reformas, tendo sido pensionato, faculdade e banco. Também foi ponto de encontro da juventude, no famoso "Coqueiro da Esquina" e fundou a banda marcial que é tricampeã nacional. "Ela foi a São Paulo, desceu a Av. Paulista e foi três vezes campeã brasileira. A cidade de Pelotas inteira torcendo pela Banda do Gonzaga. A banda causou um apego da comunidade com a escola", lembrou o diretor. Santo ainda destaca quando os pelotenses evitaram o encerramento do colégio, simbolizado em um abraço externo coletivo ao prédio. "Quando os irmãos Lassalistas queriam fechar a escola, a comunidade não deixou. Tantas outras escolas fecharam. O Gonzaga não só não fechou, como voltou a crescer. O nome do Gonzaga é grande".
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